quarta-feira, 26 de agosto de 2015

12º livro do ano de 2015: Jogando xadrez com os anjos - Fabiane Ribeiro

Peguei esse livro ao acaso. Não conhecia a autora. Nunca tinha ouvido falar do livro. Mas a capa, ah! as capas são um pecado para minha imaginação.

Me lembrou a música "alecrim dourado" fez minha imaginação rodopiar e foi o bastante para escolher lê-lo. 

Uma historia comovente sobre a bondade de uma garotinha que com seus oito anos de idade enfrenta a dura realidade de se ver praticamente abandonada pelos pais que ela tanto ama e enfrentar dificuldades nunca antes imaginada por sua cabecinha inocente.

Um livro belo, cheio de ensinamentos, frases e atitudes que somente uma criança é capaz.

Anny, acostumou-se a ver os pais apenas um dia na semana, os sábados. Dia que ela considera o melhor de todos, onde ela pode conviver com pessoas tão amadas e especiais. Cheia de brinquedos, rodeada por uma vida de luxo mas sem amor e sem poder conviver com outras pessoas, nem sequer ir a escola como todas as outras crianças, Anny ainda assim é feliz.

Tudo muda quando os pais lhe comunicam que irão trabalhar mais e assim somente passarão um dia do ano em sua companhia. Quando a neve chegar. 

“… – Quando a neve cair, vou estar com você… E quando a neve se for , vou lembrar de você… Faça chuva ou sol , vou sorrir ao pensar…Que a levo em meu coração…” 

Anny é mandada para viver em outra casa, humilde, onde as duas únicas pessoas a tratam como se ela não existisse. Assim começam seus maiores dissabores. A vida torna-se ainda mais cruel, regada a privações, castigos e solidão.

Mas Anny é uma garotinha realmente especial, e nos mostra que escolher o bem só depende de cada um de nós. Que se baterem em sua face, entregar a outra é a melhor atitude a ser tomada.

A fé dessa pequena criança nos mostra o quanto ainda temos que aprender e progredir.






11º livro do ano: Apesar de tudo - Mônica de Castro pelo espírito Leonel

Bem, depois de confrontar meus medos, angustias e demais sentimentos que não me fazem bem nessa fase de minha vida, resolvi procurar um livro mais leve. Assim, me deparei com "Apesar de Tudo", um livro espírita da autora já conhecida Mônica de Castro - pelo espírito Leonel. 

Trata-se de um romance que nos mostra que cada atitude que temos em nossa vida é responsável por aquilo que iremos viver e muitas vezes interferindo na vida de outras pessoas também.

Um livro de fácil leitura que se inicia quando uma jovem pobre, negra, viciada em álcool decide abandonar seu filho em uma lixeira para ir esmolar e sustentar o vício da bebida. Ela se arrepende, mas ao retornar ao local onde deixou seu filho não o encontra mais. 

Podemos já levantar nossa gana de juízes perfeitos e sabedores da acusação a essa jovem. Mas que motivos a levou a isso? Como ela chegou a esse momento de sua vida para tomar a decisão de abandonar o próprio filho? E que impactos a outras pessoas essa atitude irá gerar?

Um bom livro que nos faz pensar em como a crença em algo superior pode nos ajudar em momentos difíceis. Em como Deus, independente de religião, pode nos auxiliar.

Mais uma vez um livro de Mônica de Castro pelo espírito Leonel que de forma simples consegue repassar informações preciosas sobre como o amor pode nos auxiliar a termos uma vida melhor.


10º livro do ano de 2015: Ensaio sobre a cegueira - José Saramago

Meu 10º livro do ano se resume em uma só palavra: Angústia.

Sim. Eu já conhecia a história do livro. Já havia assistido o filme. Já havia me chocado e confrontado meus medos, anseios e dissabores sobre o rumo da humanidade. Mas o livro. Ah! O livro é OUTRA coisa!



Nunca neguei que prefiro livros a filmes. Eles me fazem viajar mais, adentrar mais no contexto e principalmente me envolver com os personagens como se fosse um deles. 

Então, em "Ensaio sobre a cegueira" de José Saramago me peguei imaginando ser cada uma daquelas pessoas. Cada um dos seres que de uma hora para a outra se viram diante de uma mudança drástica em suas vidas e com isso experimentaram a sutileza e fraqueza de alguns termos que utilizamos mais na ideologia do que na prática: amor, companheirismo, posse, democracia, bem comum e sociedade.

Pois bem, o livro confronta toda a população com a cegueira repentina. O "mal branco", onde pessoas comuns de uma hora para a outra perdem a visão. Com o primeiro a cegar, o mal parece se espalhar sem critério de raça, credo, cor, sexo ou status social, político e econômico. Mas afinal, será que tais critérios são realmente critérios de algo?

O autor nos faz repensar os valores que priorizamos em sociedade. Quando observa-se que as pessoas estão a cegar e que o mal se espalha, os lideres optam por colocá-los em espaços que consideram adequado para conter a disseminação da cegueira. Assim, diversas pessoas são alocadas em um antigo manicômio abandonado, onde cegos e sem alguém para lhes ajudar nessa fase difícil tem que criar novas maneiras de se viver. Basicamente os valores da sociedade modificam-se e o mal e o bem existente em cada ser humano se manifesta em sua totalidade. 

Em meio ao caos uma mulher madura parece ser a única a não cegar. E observando e convivendo com todos os outros cegos repentinos passa a ver que suas atitudes também tem que mudar. Afinal o que é viver em sociedade?

Recomendo (se tiver coragem de confrontar seus medos e estômago para ver o que realmente somos).

9º livro do ano de 2015: Felicidade Clandestina - Clarice Lispector

Esse ano decidi que iria, de preferência, ler livros (mesmo com o mestrado em andamento e outras novidades que surgiram) de autores famoso. 

Não best-sellers

Ou talvez sim. 

Mas de preferência Livros de autores conhecidos na literatura, como Machado de Assis, Gabriel Garcia, dentre outros. Claaaarrrooooo que não poderia faltar Clarice nessa seleção.

Assim, meu 9º livro do ano foi Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector!

Um livro que eu já havia lido no início da adolescência, e que para a surpresa de muita gente, eu não achei chato. Na época achei que ela conseguia decifrar a alma e angustias femininas. E agora, relendo, tive plena certeza!

Um livro formado de pequenos textos. Escritos em diversas etapas da vida da autora.

Ao todo, Felicidade Clandestina reúne 25 textos que tratam de temas diversos, tais como a infância, a adolescência, a família, o amor e questões da alma. Assim como a crônica que dá título ao livro, muitos dos textos apresentam algo de autobiográfico, trazendo recordações da infância da autora em Recife, alguma personagem que marcou seu passado, etc. Através da recordação de fatos do seu passado, Clarice Lispector busca nos contos fazer uma investigação psicológica de autoanálise.

No texto que dá nome ao livro, a autora se questiona “afinal, o que é felicidade?”.

Recomendo!